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sábado, 5 de outubro de 2013

Pontos Turísticos de Igarassu


Patrimônio Histórico e Monumental

Igarassu


O município de Igarassu está localizado a aproximadamente 30 km de Recife, no litoral norte da região metropolitana do Estado de Pernambuco. Um dos seus principais atrativos, além das suas belas praias de areia fina e águas tranquilas, é seu Sítio Histórico, considerado um dos Patrimônios Civis e religiosos mais importantes do país, onde destacam a Igreja Matriz dos Santos Cosme e Damião, uma das mais antigas do Brasil, e o Convento de Santo Antônio, onde está o Museu Pinacoteca de Igarassu.


HISTORIA..
Quando originou-se, até o século XVI, o município de Igarassu foi habitado pelos índios Caetés, onde sua principal atividade era a pesca e a agricultura. No ano de 1535 todo o território foi conquistado pelos portugueses e Duarte Coelho é proclamado Governador da Capitania de Pernambuco. Dois anos mais tarde, em 1537, funda-se a Vila de Igarassu, primeiro povoado do Brasil, e adota-se a localidade de autonomia política, administrativa e econômica. No final deste século cria-se a freguesia dos Santos Cosme e Damião.Os anos posteriores caracterizaram-se pelo auge e crescimento do povoado, foram construídos os monumentos mais importantes espalhadas por seu Sítio Histórico, até o ano de 1632 quando a foi atacado e saqueado pelos holandeses.

No ano de 1893 constituiu-se como município independente e dois anos mais tarde, em 1895, a Vila é elevada a categoria de Cidade. Atualmente a principal fonte de ingressos do município de Igarassu é o turismo. Suas belas praias de areia fina e águas tranquilas, seu rico patrimônio arquitetônico localizado em boa parte em seu Sítio Histórico, seu agradável clima e sua saborosa gastronomia, são o maior pedido para os milhares de turistas que visitam o município no decorrer de todo o ano.



Pontos a serem visitados...



 
Capela de Nossa Senhora do Livramento


Não se têm dados precisos a respeito da origem da capela que, segundo tradição, seria do terceiro quartel do século XVIII. Os serviços de restauração realizados na capela serviram para demonstrar que o ano registrado em sua fachada - 1774, é o da reforma e ampliação da mesma. "... Observou-se nas alvenarias da ilharga da epístola e nas paredes da sacristia que a edificação foi originalmente em pedra e cal, em vez de tijolos maciços, com feições e dimensões diferentes das atuais: nave com altura e comprimento menores; altares laterais ao arco do cruzeiro rasgados na parede da cabeceira da nave; sacristia sem o piso superior do consistório".
Sabe-se, entretanto, que em 1782, conforme se lê no II Livro de Tombo da vila de Igarassu, estavam concluídas as obras e a irmandade devidamente constituída, sendo seu Juiz o Sr. Joaquim Rodrigues da Costa Queimado. Em julho de 1958, devido ao rigoroso inverno, seu teto desabou por completo. Foi restaurada em 1972 e em 1986. Estilo Barroco.


 
Capela de São Sebastião

Em 1719 os Oficiais da Câmara requeriam ao rei autorização para construção do templo, o que seria autorizado em 1722. A conclusão das obras se dá em 1735. A capela com características maneiristas relembra a estrutura da primitiva igreja dos Santos Cosme e Damião. Durante o segundo quartel do século XIX, a capela apresentava alguns problemas, o que levou o Presidente da Província Dr. Vicente Thomaz Pires de Figueiredo Camargo, em 1837, a determinar a retirada "... das imagens da igreja... por estar em ruínas...".
Em setembro de 1878, o coletor João da Silveira Monteiro, então administrador da capela, conseguiu do Dr. Antônio da Cunha Xavier - Juiz de Direito da Comarca - em forma de auxílio, a quantia de 200$000 (Duzentos Mil Réis) para conclusão dos serviços que então se faziam. A pequena influência barroca existente no seu frontão, segundo os mais velhos, foi introduzida no início do século passado pelo coronel Didier, dono do curtume São Sebastião que existia onde hoje funciona a Fibras do Nordeste. Pertencia ao Conselho Municipal, conforme se vê em documento existente no D.P.H. do Museu Histórico de Igarassu.


 
Casa de Câmara e Cadeia

Na verdade, a Vila de Igarassu teve cerca de quatro edifícios diferentes que funcionaram como Casa de Câmara e Cadeia. A primeira, já existia por volta de 1594 e estava localizada na rua Direita, entre a Misericórdia e a igreja dos Santos Cosme e Damião, sendo destruída pelos holandeses, conforme se observa em certidão existente no II Livro de Tombo da vila de Igarassu, datado de 1782.

A segunda, construída depois de 1675, com dinheiro do subsídio da carne, foi a maior de toda a província e subsistiu até a passagem de D. Pedro II por Igarassu, em dezembro de 1859, quando já estava bastante arruinada. Em 1749, foi usada pelo governador da Capitania, então de visita à vila. Nos "Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro" a página 29 e datado de 1774 aparece à seguinte informação: "... Esta vila está situada em um monte muito alto e vistoso, tem em cima na entrada da parte do sul para o norte a igreja de N. S. do Rosário dos Homens Pretos, mais adiante a igreja da Misericórdia. A Casa de Câmara é a mais asseada que há nesta Capitania com sua cadeia por baixo muito forte, e fica em lugar muito alto no meio da vila entre a igreja da Misericórdia e o Recolhimento".

A terceira seria o atual Sobrado do Imperador, construído para funcionar como Casa de Aposentadoria e Correição, mas que, graças ao estado assaz ruinoso da dita Câmara, servia como tal. Por último, a atual edificação, adaptada de três edifícios públicos por volta da década de 80 do século XIX. Em 1835, o Dr. José Ferreira da Costa, Juiz Municipal, em ofício ao Presidente da Província lamentava o estado de abandono em que se encontrava o prédio.

Outro aspecto interessante diz respeito a Santo Antônio, que por ordem de D. José I, rei de Portugal, datada de 23 de novembro de 1754, determina que "... havendo sobejos nos bens desse Conselho seja dada a esmola de 27$000 (Vinte e Sete Mil Réis) anualmente aos religiosos do dito Santo com o título de protetor dessa Câmara".

 
Centro de Artes e Cultura

Antigo Mercado Público: Prédio construído por iniciativa do interventor do município Cel. Martiniano de Barros Correia e inaugurado em 10 de dezembro de 1943. Na administração do Dr. Luiz Marques (1963/69), o prédio passou por uma significativa reforma. Tempos depois, em 1972, durante a administração do Dr. Clóvis Lacerda Leite (1969/73), o edifício foi ampliado e reformado, perdendo suas características primitivas. Durante a primeira administração do prefeito Jurandir Bezerra Lins, foi restaurado para servir de Centro de Artes e Cultura municipal, sendo entregue a comunidade local em 27 de setembro de 1984.



 
Convento Franciscano de Igarassu


Com início em 1588, o convento franciscano de Igarassu foi o terceiro a ser construído no Brasil e o primeiro com o título e invocação do glorioso português Santo Antônio. Sabe-se através de frei Manoel da Ilha, primeiro cronista a tratar do convento de Igarassu, que em 1588 o padre frei Melchior de Santa Catarina, primeiro Custódio do Brasil (1585/94), foi procurado por alguns vereadores representantes da Câmara, juntamente com algumas pessoas influentes da vila de Igarassu, os quais rogaram ao dito padre que visitasse a vila e lá escolhesse o terreno que melhor conviesse para a fundação de um convento.
"... O terreno escolhido ficava situado no fim da rua principal, defronte da descida da ladeira da matriz dos Santos Cosme e Damião, ficando seu muro da parte de trás, sobre as margens do rio,...".O irmão frei Antônio de Campo Maior - fundador da casa, dispõe sobre a fábrica e obra do convento, criando, também, os aldeamentos de Itapissuma e Pontas de Pedra, iniciando o processo de catequese do gentio da região. Entre 1639/54, durante a ocupação holandesa, o convento ficou abandonado e, informa Pereira da Costa, que o mesmo foi utilizado pelos ministros protestantes. A partir de 1660, quando é transformado em casa de noviciado, o convento começa a passar por reformas que lhes darão a feição atual. Em 1749, a pintura do forro é concluída por José Rabelo de Vasconcelos - O Rabelo. No ano de "...1753, o já irmão terceiro Francisco Fernandes Chagas, funda a Ordem Terceira de Igarassu que em 1762 já estava com sua capela concluída, sendo benta pelo padre guardião frei Luiz do Sacramento em 16 de setembro de 1753, rezando nela a primeira missa o padre comissário frei André de São Luiz".

O altar mor em estilo regência - último estágio do barroco joanino - é enquadrado por grinaldas, idênticas as do convento de São Pedro de Alcântara em Lisboa. A azulejaria da nave, segundo José Meco, foi feita na oficina de Bartolomeu Antunes por volta de 1745. Já os da sacristia, assentados por volta de 1765/70, obedecem ao estilo do pintor Francisco Jorge da Costa. Em 1846 deixa de ser sede do noviciado, iniciando-se, então, um período de decadência e posterior abandono do convento pelos padres que o recuperaram no final do século XIX. Durante a Revolução Praieira - 1848 - serviu de quartel para as tropas revolucionárias comandadas pelo coronel Manoel Pereira de Morais - senhor do engenho Inhamã. No primeiro quartel do século passado, mas em data não precisa, foi demolida a capela da Ordem Terceira e fechado o arco que a ligava a nave. Na década de trinta as irmãs do Bom Pastor ocuparam o convento que, depois de um surto de febre tifo, foi abandonado. Em 1941, as irmãs da Congregação do Sagrado Coração de Jesus, assumem a administração da casa, mantendo-a até hoje.

 
Igreja dos Santos Cosme e Daminhão


Considerada a mais antiga do Brasil: Reza a tradição que os portugueses, após derrotarem os índios Caetés em memorável batalha ocorrida em 27 de setembro de 1535, graças à intercessão dos santos, começaram a erguer um templo votivo consagrado aos irmãos gêmeos.As despesas para sua edificação correram por conta do Capitão Afonso Gonçalves, que em carta ao rei de Portugal datada de 10 de maio de 1548, diz textualmente: "... Senhor eu quisera os dízimos desta igreja para os gastar nela e em coisas necessárias para o culto divino e ornamentos, pois sou fundador dela e a fiz à minha custa própria...".
A capela primitiva, provavelmente em taipa, ruiu por volta de 1590/94, segundo informação contida no livro "... Primeira Visitação do Santo Ofício: Denunciações e Confissões de Pernambuco". No mesmo sítio e obedecendo a um alvará real datado de 11 de novembro de 1595, foi construída entre 1595/97, uma nova capela, desta vez de pedra e cal. O professor C. Smith, titular da Cadeira de História da Arte na Universidade da Pensilvânia, informa: "... A igreja paroquial dos Santos Cosme e Damião, fundada em 1535, foi ampliada no século XVIII por ter sido considerada como a mais antiga do Brasil e o dinheiro usado proveio dos cofres reais". Hoje, após processo de restauração iniciado em 1958, a igreja recuperou suas características primitivas. Estilo: Maneirista.

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