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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

PRAIAS LINDAS EM Maceió - AL PARTE 2


PRAIA DO SOBRAL

 

A praia que batizou também o bairro. É marco de uma época, quando os filhos ilustres da terra eram homenageados com títulos de nobreza, foi a apogeu dos barões, viscondes e comendadores.

A área próxima, formada de sítios e coqueirais, pertencia ao Sr. Manoel Sobral Pinto, o Comendador Sobral, que deu nome ao lugar.

Praia do Sobral é uma das mais belas praias antes de chegar ao centro de Maceió.

O mar da praia do Sobral é mais bravo sendo ótimo para prática de surf. Possui areia branca e fina ideal para futebol de areia.

É bastante utilizada para campeonatos de surf e futebol de areia.

PRAIA DE JACARECICA

 
Localizada a cerca de 7 km do centro de Maceió. Jacarecica tem uma parte urbana e outra rural.

Em tupi, o nome desta praia que faz divisa com o bairro de Benedito Bentes quer dizer "rio de jacarés".

Com mar aberto e cheio de ondas, a Praia de Jacarecica é boa para pesca de vara e surfe, em alguns pontos. O banho de mar não é recomendado naquela área.

Caminhar em meio a coqueirais, sítios, manguezais, falésias e morros, ou simplesmente apreciar a bela vista do mirante que fica sobre o morro.

Nas noites de lua cheia, é a praia perfeita para quem gosta de lual. Além da área de camping, há nesta praia a presença de bares, barracas de praias e alguns conjuntos residenciais.

PRAIA DE IPOCA

 
Localizada a 18 km de Maceió, no litoral Norte, a praia de Ipioca se caracteriza por suas areias claras, águas mornas e uma grande concentração de coqueiros, ideal para banhos relaxantes, caminhadas, pesca de caranguejos, lagostas ou peixes. Desfrutada pelos amantes do camping selvagem.

É onde nasceu Floriano Peixoto, segundo Presidente da República.

Meados do século XVIII, durante a Invasão Holandesa, Ipioca ficou como centro de observação, por estar situada num ponto estratégico, com vista panorâmica para o mar. A Igreja de Nossa Senhora do Ó originou-se de um forte, construído pelos portugueses.

Hoje Ipioca se assemelha a uma pequena cidade do interior à parte de Maceió, o bairro cresceu e é amparado por todo tipo de comércio, além de escolas públicas e posto de saúde.

A festa da padroeira faz com que todos saiam em procissão, fazem a festa na praça, com parque de diversões, rezam a novena na igreja e pagam suas promessas a Nossa Senhora do Ó. Essa realização já dura mais de um século, e sempre com a mesma devoção.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Natal - RN


Belas praias, aventura e muita emoção. Se esse é o seu desejo, a promoção Milevo no Brasil te leva para Natal, e você vive momentos de descontração e muito agito. Emoção! Essa é a palavra que pode resumir Natal. Emoção ao se deparar com a beleza de praias paradisíacas, emoção em conhecer lugares que parecem ser tirados de cenas de cinema.

Foto tirada pela viajante do Milevo Cassia


A pergunta feita tradicionalmente pelos bugueiros antes de iniciar o característico passeio pelas dunas – Com ou sem emoção? – é um convite para o viajante conhecer o quanto não só aquele passeio, mas a capital potiguar por inteira, pode ser emocionante.


foto tirada pela viajante do Milevo Cassia

Se você não for corajoso o suficiente para encarar o passeio com emoção, não se preocupe, passear pelas dunas de Natal, cercado por uma belíssima paisagem de areia branca e fina por todos os lados, também irá te emocionar. Além do passeio de buggy, você ainda pode experimentar a sensação de estar no deserto, fazendo um passeio pelas dunas da praia de Genipabu, uma das mais bonitas e famosas, montado em um dromedário caracterizado com vestimentas árabes utilizadas em camelos.


foto tirada pelo viajante do Milevo Apcolling

Chegando ao topo das dunas de Jacumã, seja de buggy ou dromedário, a diversão continua. Você pode optar por duas formas de descida, o “Esquibunda” e o “Aerobunda”. Na primeira opção você desliza sobre a areia em uma espécie de prancha desde o topo da duna até parar dentro do rio, tomando um banho refrescante e divertido, já no “Aerobunda” o fim é o mesmo, mas a descida é por uma tirolesa. Outro ponto marcante da cidade Natal, um de seus cartões postais, é o morro do Careca. Localizado na praia de Ponta Negra, considerada uma das praias mais bonitas do litoral nordestino. O morro é uma duna de mais de 100 metros com vegetação lateral, e apenas uma faixa de areia ao centro, que forma uma paisagem lindíssima.

foto capturada pela viajante do Milevo Patricia

Ficando hospedado no Yak Hotel,além de desfrutar das comodidades e estrutura do hotel, como as piscinas e o bar, que te serve sem a necessidade de sair de dentro d’água. Se a sua escolha for Natal, você estará bem localizado no centro da cidade e com fácil acesso à todas as praias, e ainda pode aproveitar as noites para um passeio pelas lojas e feiras artesanais. Bem próximo à Natal – aproximadamente 25 km -, em Pirangi do Sul, encontra-se o maior cajueiro do mundo! A árvore que tem cerca de 115 anos, ocupa uma área de 8.500 m², o que equivale um total de 70 cajueiros considerados de tamanho normal, aproximadamente. Vale a pena conferir! Conferir e se emocionar, pois emoção, certamente não vai faltar nesta viagem!


FONTE:http://milevonoblog.blogspot.com.br/2012/04/natal-rn.html


quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

O LENDÁRIO MONTE DO GALO E O SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DAS VITÓRIAS EM CARNAÚBAS DOS DANTAS NO RN



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Chovia à cântaros quando estive esse ano em Carnaúba dos Dantas. Podia ter sido muito frustrante pra mim que pretendia fotografar o Monte do Galo em todos os seus detalhes. Mas, tomar banho de chuva em pleno sertão nordestino, depois da tão esperada e desejada chuva, não podia ser melhor. Fiquei feliz demais e me senti a própria mensageira da chuva. Assim, entre uma estiagem e outra, sai para subir o Monte do Galo e percorrer o caminho da Via-Sacra que leva ao topo. Aproveitei para agradecer a Deus aquele momento único e em oração pedir mais chuvas para o nosso sertão.






Cercado de lendas e de algumas polêmicas religiosas o Monte do Galo com seu 115 metros de altura, visto de vários pontos da cidade, é hoje um marco da cultura religiosa do nosso sertão. A pequena Carnaúba dos Dantas recebe milhares de fiéis de todas as partes todos os anos.
Nos últimos tempos com o crescimento do número de evangélicos na cidade, uma grande polêmica se estabeleceu: os evangélicos acusam a igreja católica de ser conivente com a Idolatria - o Culto ao Galo. Mas, indiferentes as polêmicas, romeiros e peregrinos continuam chegando na cidade para professar sua fé à Nossa Senhora das Vitórias.





Na cidade de Carnaúba dos Dantas, município do Rio Grande do Norte, o antigo "Serrote Grande" posteriormente conhecido com "Serrote do Galo" e hoje "Monte do Galo", abriga o Santuário de Nossa Senhora das Vitórias, tido como o maior Santuário Religioso de toda região sertaneja do Seridó, que compreende vários municípios do Rio Grande do Norte e da Paraíba.
O Conjunto Religioso do Monte do Galo, está localizado no bairro Dom José Adelino Dantas, da cidade referida cidade. O local, onde religiosos, pagadores de promessas e peregrinos de todos os lugares sobem para rezar e agradecer as bênçãos conseguidas, conta com Capela, Cruzeiro, Sala dos Ex-Votos e a Via Sacra ao longo da subida do Monte. No topo do Monte a escultura de um Galo parece saudar a todos que ali chegam.




HISTÓRIAS E LENDAS ACERCA DO MONTE






Segundo a tradição oral, nas primeiras décadas de 1800, os vaqueiros da Fazenda Baixa Verde, que pertencia ao Major Antônio Dantas, enquanto cuidavam do gado nas proximidades da região do Serrote Grande escutaram o cantar de um galo vindo do topo do serrote. Isso os deixavam assustados porque não haviam habitantes nas proximidades. A notícia do misterioso fato logo se espalhou, e o Serrote Grande passou a ser conhecido como Serrote do Galo.







Outro acontecimento contribuiu mais ainda para que a população acreditasse que alguma coisa de divino existia no naquele monte. Segundo consta, uma cabra pulou do cume do Serrote, sem sofrer nenhum dano em consequência da queda. Apesar desses animais terem certa familiaridade com locais íngremes e pedregosos, os 115 metros de altura do Serrote do Galo era uma altura considerável.
Esses dois acontecimentos foram suficientes para os nativos passassem a considerar o serrote como um Monte Santo.




A HISTÓRIA DE UMA DEVOÇÃO



As origens históricas do Santuário, tem a ver com a devoção particular do Senhor Pedro Alberto, para quem Nossa Senhora das Vitórias operou um milagre. Segundo contam, Pedro Alberto Dantas (1878-1960) morava com sua família no sítio Xique-Xique. No início do século XX, durante o Ciclo da borracha, partiu para região Norte com esperança de melhorar de vida,. Trabalhando entre o pará e o Amazonas, ladeando as margens do rio Puruz, foi acometido de berebéri. Ficou entre a vida e a morte. Sua filha, Julia Albertina Dantas, assim relata como se deu o milagre:
..." Ai ele estava lá, ardendo em febre, três dias, era uma febre terrível...dormindo e acordando. No delírio da febre, aparece Nossa Senhora das Vitórias. E ela diz pra ele:
- Se queres viver, volte a sua terra Natal o quanto antes e leva contigo uma imagem minha.
- E ele pergunta: Quem é a senhora?
- Ela responde: Eu sou Nossa Senhora das Vitórias, sua protetora"
Cessada a grande febre e reviogoradas as suas forças, Pedro Alberto resolveu voltar para sua terra natal. Antes passou em Belém onde comprou a imagem de Nossa Senhora das Vitórias. Embarcou num navio da Loide para Natal, de onde seguiu para o Seridó em um cavalo, conduzindo a imagem de Nossa senhora na cangalha de um jumento.






"Então ele veio pra Carnaúba... trazendo a santinha. diz dona Julia Albertina, continuando a sua narrativa: Quando ele voltou, conheceu o primeiro médico de Carnaúba, Flávio Maroja, paraibano; então ele disse: "Pedro, mas que lugar mais lindo, vamos passear nesse lugar” (o Serrote do Galo). Então eles foram até lá... e o Doutor Flávio falou: "Mas um lugar bonito desse, ninguém nunca pensou aqui em nada... em transformar isso num lugar de turismo?"E meu pai disse: "Aqui é um lugar sagrado, onde o Galo cantou anunciando à meia-noite... aqui é pra ser um local de oração". Então ele se juntou com outros que tinham condições, influência... colocaram o Cruzeiro que está lá até hoje




O CRUZEIRO DO ALTO DO MONTE








O Cruzeiro foi construido pelo artesão José Paizinho, sob a orientação de Mamede Azevedo. O obra religiosa foi assumida pelo senhor Pedro Alberto Dantas. Previsto para ser inaugurado no dia 27 de setembro de 1928, a data teve que ser adiada devido a uma grande tempestade ocorrida no dia. Na nova data marcada, dia 25 de outubro do mesmo ano, o Cruzeiro foi bento pelo Padre Bianor Emílio Aranha, que celebrou na ocasião a primeira missa.




INAUGURAÇÃO DO CRUZEIRO NO SERROTE DO GALO EM 25/10/1928






A IMAGEM DE NOSSA SENHORA DAS VITÓRIAS












A imagem da Nossa Senhora das Vitórias, que chegou a Carnaúba ds Dantas pelas mãos de Pedro Alberto Dantas, passou inicialmente a fazer parte do oratório da sua família até seu casamento, em 1911. Posteriormente doou a imagem para a Igreja de São José, que lá permaneceu num dos altares laterais da igreja.
Por ocasião da inauguração do Serrote do Galo, o senhor Pedro Alberto Dantas, acreditando que aquele local era santo, resolve fazer a doação da imagem de Nossa Senhora das Vitórias, para o Cruzeiro. A referida imagem subiu para o serrote em procissão religiosa. Nascia assim a devoção à Nossa Senhora das Vitórias, que passou a ser a protetora daquele serrote e da terra carnaubense.








A CAPELA DE NOSSA SENHORA DAS VITÓRIAS










A inauguração da capela, construída no topo do monte data de 1930, numa cerimônia onde acorreu grande número de devotos. A documentação escrita registra que os festejos dedicados a Nossa Senhora das Vitórias é anterior a inauguração da capela, e começaram, sefetivamente, 1929, de 23 a 25 de outubro - sendo o último comemoração do dia da santa, mantidos até hoje dessa forma.




O GALO NO ALTO MONTE








A Estátua do Galo está colocada em cima de uma estrutura rochosa no topo do monte. A placa nele colocada fala das datas : 1927 - 1992. A primeira data provavelmente se refere a intenção dos moradores da região em erguer um galo no topo do monte, para homenagear a tradição dos antepassados e suas lendas do cantar do galo. Mas devido às precárias condições econômicas dos habitantes, resolveu como solução mais viável erguer um Cruzeiro, que representa a fé católica dos habitantes da região que exaltaria a fundação de carnaúba. A segunda data (1992) se refere a construção do Galo que se deu mais recente.
A estátua do Galo mede 1,55 metros de altura e pesa cerca de cinco toneladas.







A VIA - SACRA NA SUBIDA DO MONTE





Na subida, até o topo do monte foram erigidas as 14 estações que retratam a Paixão de Cristo. A inauguração dessa Via-Sacra ocorreu em 1957.
Nestas estações, os romeiros, devotos, peregrinos, por vezes, até mesmo curiosos, costumam realizar orações e agradecer as bênçãos alcançadas. Procurando testemunhar sua gratidão ou o pagamento da promessa, muitos deles acendem velas sobre as estruturas, ou depositam ex-votos, além de pedras, flores e até mesmo acanhadas quantias em dinheiro. Alguns chegam a escrever na própria estação palavras de agradecimento, misticismo que embora seja desaprovado pelos dirigentes do culto, persiste e se atualiza no espaço do Monte do Galo, como um modo de aproximação com o sagrado










O MUSEU HISTÓRICO E A SALA
DE EX-VOTOS





Inaugurado em 06 de janeiro de 1974 pelo tesoureiro do Monte do Galo, Antônio Felinto Dantas. O momento da inauguração contou com a presença do Bispo Dom José Adelino Dantas e do maestro e compositor Felinto Lucio dantas. O museu, que está localizado logo no início da subida do monte, contém peças doadas pela comunidade e por pessoas de outras regiões. As peças são objetos pessoais, oratórios, moedas, cerâmicas antigas, móveis, entre outros. No ano de 1998, foi feita uma ampliação nas suas dependências. O Museu não é aberto diariamente, funcionando apenas no período da Semana Santa, festas religiosas e com a permissão do tesoureiro do Monte do Galo.


A FESTA DE NOSSA SENHORA DAS VITÓRIAS







Novenas, missa solene no Monte do Galo, missa na Igreja Matriz de São José, procissão, feirinhas culturais e festas de rua, fazem parte programação da festa em homenagem a Nossa Senhora das Vitórias. A festa qcomeça quase sempre dez dias antes do dia dedicado a Santa, 25 de outubro.
E como é tradição, durante esses 10 dias são esperados em Carnauba dos Dantas, milhares de peregrinos que em caravanas de fé, vem agradecer suas promessas e restabelecer as esperanças, como é comum entre o povo do sertão norte-riograndense e paraibano.


A ENCENAÇÃO DA PAIXÃO DE CRISTO DURANTE A SEMANA SANTA



Durante os últimos dias da Semana Santa, a cidade de Carnaúba dos Dantas se torna um dos pontos turísticos mais visitas da região. Romeiros, filhos da terra ausentes e presentes recorrem à cidade para se emocionar com o Espetáculo da Paixão de Cristo, encenado na Praça do Monte do Galo. A cada ano, o espetáculo ganha mais reforço de luz, som e roteiros que tornam a encenação mais emocionante.
Com a participação de artistas da própria comunidade, o espetáculo tem mais ou menos duas horas de duração, e narra ao vivo desde o nascimento até a morte e ressurreição de Jesus Cristo.




FONTES



Helder Alexandre Medeiros de Macedo: Cernaúba dos Dantas - Históriae patrimônio. Editora Bookess - 2012
Pesquisas Google:

Devoção e cura no conjunto religioso do Monte do Galo-Carnauba dos Dsntas-RN - Sylvana Maria Brandão de Aguiar e Edson de Araújo Nunes



http://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/religare/article/view8232/4660

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

A FALA DO POVO NORDESTINO - DE ONDE VEM AS NOSSAS EXPRESSÕES POPULARES?







Terminei de ler o livro "locuções tradicionais do Brasil" de Câmara Cascudo onde ele fala da origem das nossas expressões populares. O tema sempre me interessou. Sempre tive curiosidade de saber como a fala do nossso povo foi se formando ao longo da sua história. Muitas expressões são usadas no Brasil inteiro, e como são muitas, selecionei para postar algumas que me são mais familiares, que ouvi mais enquantgo vivi no Nordeste e que por isso mesmo, até hoje, faz parte do meu vocabulário.


ORIGEM DAS EXPRESSÕES


1 - BEBEU ÁGUA DE CHOCALHO




O Nordeste de antigamente, tinha por tradição dar água de chocalho para as crianças que demovaravam a falar.
Pereira da Costa, em 1908 escrevia: "Para falar depressa, dá-se-lhe a beber das primeiras águas de janeiro, e não se deve absolutamente mostrá-la ao espelho, porque isso faz retardar-lhe a fala". Mais na frente continua ...dar-se-lhe água de chocalho, que com isso não só se consegue começar imediatamente a desenvolver essa faculdade, como ainda as crianças torna-se-ão verbosas e loquazes."
Daí se dizer de uma criança tagarela, que fala pelos cotovelos, que "bebeu água de cocalho".



2- CASA DA MÃE JOANA





Diz-se que um lugar é a Casa da Mãe Joana quando não há ordem, imperando a bagunça, onde todo mundo fala e faz o que quer, sem prestar satisfação a niniguém.
Este dito popular tem origem na Itália, do Reino de Nápoles, no século XIV, quando a rainha (e condessa de Provence) Joana assinou um decreto real liberando os bordeis na cidade de Avignon, na frança, onde estava refugiada. E mais: determinou que em cada um deles houvesse uma porta por onde todos pudessem entrar e sair ao bel prazer.


3 - DEIXAR DE NHENHENHÉM





A expressão tem o sentido de uma conversa interminável em tom de lamúria, irritante, monótona. Resmungo.

O vocábulo Nheë, em tupi, quer dizer falar. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, eles não entendiam aquela falação estranha e diziam que os portugueses ficavam a dizer “nhen-nhen-nhen”




4 - NÃO ENTENDO PATAVINA







Isso significa que a pessoa não sabe nada sobre determinado assunto. Nada mesmo.

Tito Lívio, natural de Patavium (hoje Pádova, na Itália), usava um latim horroroso, originário de sua região. Nem todos entendiam. Daí surgiu o Patavinismo, que originariamente significava não entender Tito Lívio, não entender patavina.


5 - COMER COM OS OLHOS



Soberanos da África Ocidental não consentiam testemunhas às suas refeições. Comiam sozinhos. Na Roma Antiga, uma cerimônia religiosa fúnebre consistia num banquete oferecido aos deuses em que ninguém tocava na comida. Apenas olhavam, “comendo com os olhos”. A propósito, o pesquisador Câmara Cascudo diz que certos olhares absorvem a substância vital dos alimentos. Hoje o ditado significa apreciar de longe, sem tocar.



6 - SANTINHA DO PAU OCO




Essa expressão se refere à pessoa que se faz de boazinha, mas não é. Nos séculos XVIII e XIX os contrabandistas de ouro, moedasd e pedras preciosas utilizavam esdtátuasd de santos ocas por dentro. O santo era "recheado" com preciosidades roubadas e enviado para Portugal.

7 - PAGAR O PATO




A expressão deriva de um antigo jogo praticado em Portugal. Amarrava-se um pato a um poste eo jogador, em um cavalo, deveria passar rapidamente e arrancá-lo de uma só vez do poste. Quem perdia era quem pagava pelo animal sacrificado. Sendo assim, passou-se a empregar a expressão para representar situações nonde se paga por algo sem ter qualquer benefício em troca.




8 - ANDAR À TOA




Toa vem do inglês "tow" que é a corda usada por um barco para rebocar outro maior. Um navio que está “à toa” é o que não tem leme nem rumo, indo para onde o navio que o reboca determinar. à toa é algo feito sem esforço, sem importância.

9 - SUJEITO DA PÁ VIRADA







Um sujeito da pá virada pode tanto ser um aventureiro corajoso como um vadio.
A origem da expressão está na relação ao instrumento, a pá. Quando ela está virada para baixo, é inútil não serve para nada. Hoje em dia diz-se que uma pessoa é "da pá virada" quando tem maus instintos, é criadora de casos, ou aventureira.




10 - ISSO SÃO FAVAS CONTADAS






De acordo com o pesquisador Câmara Cascudo, antigamente, votavam-se com as favas brancas e pretas, significando sim ou não. Cada votante colocava o voto, ou seja, a fava, na urna. Depois vinha a apuração pela contagem dos grãos, sendo que quem tivesse o maior número de favas brancas estaria eleito. Atualmente, significa coisa certa, negócio seguro.


11 - VIU PASSARINHO VERDE?



Significa estar apaixonado. O passarinho em questão é uma espécie de periquito verde. Conta uma lenda que alguns românticos rapazes do século passado adestravam o bichinho para que ele levasse no bico uma carta de amor para a namorada. Assim, o casal de apaixonados tinha grandes chances de burlar a vigilância de um paizão ranzinza.

12 - À TOQUE DE CAIXA





A caixa é o corpo oco do tambor que foi levado para a Europa pelos mulçumanos. Como os exercícios militares eram acompanhados pelo som de tambores, dizia-se que os soldados marchavam "à toque de caixa".
Foi tradição portuguesa, em uma determinada época, escorraçar os indesejáveis de um local, como bêbados, indolentes, larápios, barulhentos à toque de caixa.
No Brasil a expressão refere-se a uma tarefa que se tem que fazer rapidamente, sem muito capricho ou responsabilidade.



13 - MARIA VAI COM AS OUTRAS






Dona Maria I, mãe de D. João VI (avó de D. Pedro I e bisavó de D. Pedro II), enlouqueceu de um dia para o outro . Declarada incapaz de governar, foi afastada do trono. Passou a viver recolhida e só era vista quando saía para caminhar a pé, escoltada por numerosas damas de companhia. Quando o povo via a rainha levada pelas damas nesse cortejo, costumava comentar: “Lá vai D. Maria com as outras”. Atualmente aplica-se a expressão a uma pessoa que não tem opinião e se deixa convencer com a maior facilidade.


14 - COMPRAR GATO POR LEBRE






A frase é comum no Brasil e foi trazida pelos portugueses. Para Cãmara Cascudo é "o engano na sua substituição dolosa". Em Coimbra do século XIX, foi famosa a caçada aos gatos para fins culinários. Outrora, durante os cercos militares às grandes cidades. o de Paris em1871, o gato era comida refinada. O caminho de perigrinação à Santiago de Compostela, conhecido como "caminho frâncês" tinha fama de vender gato por lebre: "em caminho francês / Dão gato por lebre ao freguês".




15 - SEM EIRA NEM BEIRA





Eira é um terreno de terra batida ou de cimento onde se estendem os grãos do centeio, do trigo, do milho que ficam ao ar livre para arejar, debulhar, malhar e limpar. Beira é a beirada da eira. Quando uma eira não tem beira, o vento leva os grãos e o agricultor fica sem nada.
Nas aldeias portuguesas não ter eira é não ter posse em parte alguma no plano rural. " Sem eira nem beira" é o pobre miserável!



FONTE:

Locuções Tradicionais do Brasil - Luís da Câmara Cascudo - São Paulo - Editora Global / 2004.
FOTOS:

Imagens Google

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

03 PONTOS TURÍSTICOS EM FORTALEZA-CE PARTE-01


Praça do Ferreira
 
Coração social e comercial da cidade, onde se encontra o Cine São Luís, construído em estilo art nouveau, considerado um dos mais belos do Brasil, revestido de mármore de carrara e com lustres de cristal; o Palacete Ceará (atual Caixa Econômica); o Excelsior Hotel (à época, o maior do mundo em alvenaria); a Coluna da Hora e a Farmácia Oswaldo Cruz, a mais antiga da cidade. Ainda na Praça do Ferreira é possível degustar o famoso caldo de cana com pastel, no tradicionalíssimo Leão do Sul.

Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção


O berço de Fortaleza é o forte Schoonenborch (atual Nossa Senhora da Assunção), construído pelos holandeses às margens do Rio Pajeú, em 1649, sob o comando de Matias Beck. Na área externa, a partir da murada, ainda se vê o Centro da cidade, de um lado, e se enche os olhos com parte dos nossos verdes mares do outro. A visão é a mesma que se tinha no século XVII, inclusive, com alguns canhões antigos expostos. A edificação caracteriza-se por marcar o início do povoamento de Fortaleza. Desde 1942, aos dias de hoje, é a sede do Quartel General da 10a Região Militar. A estátua que pode ser avistada no pátio homenageia um dos heróis do Ceará, Martins Soares Moreno.

Passeio Público

 
A antiga Praça dos Mártires, onde foram executados alguns líderes da Confederação do Equador (a exemplo de Frei Caneca), tornou-se Passeio Público em 1877. Uma das mais belas praças da cidade, marcada por acontecimentos históricos e trágicos, ela está permanentemente à sombra do farto conjunto de árvores que emolduram o lugar, incluindo um dos poucos exemplares da espécie africana Baobá no Brasil.


segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Praia do Espelho – Bahia



O litoral baiano abriga verdadeiras jóias da natureza e um dos locais que faz parte desse tesouro, sem dúvida é a Praia do Espelho. Praia do Curuípe é o nome oficial dessa belíssima extensão de areia e águas claras. Ela ganhou o apelido de Praia do Espelho por causa do efeito provocado pelo reflexo do sol nas piscinas naturais formadas pelo mar. Localizada no distrito de Caraíva, dento do município de Porto Segura, a Praia do Espelho é uma ótima opção para quem deseja sossego, sol e mar. Celebridades nacionais e artistas internacionais já se refugiaram nesse paraíso que até 2006 não possuía energia elétrica. Atualmente, no distrito de Ceraíva está sendo instalada uma rede de energia com fios subterrâneos. Esse tipo de iluminação foi escolhida para não prejudicar o estilo rústico e aconchegante do vilarejo. O visitante desde lugar pode sentar-se em uma cadeira à beira da praia e admirar a linda paisagem, durante o dia banhado pelo sol, protegido pela sombra de um coqueiro, à noite, sob a luz da luz e das estrelas.

terça-feira, 1 de julho de 2014

MAIS PONTOS TURÍSTICOS DA LINDA BAHIA




 

Ponta de Humaitá
Mais um paraíso da Baía de Todos os Santos, a Ponta de Humaitá fica num dos locais mais bonitos da Cidade Baixa. Com cenários naturais e históricos, De lá você tem uma vista privilegiada de Salvador, da Ilha de Itaparica, além de poder curtir no finalzinho da tarde aquele pôr-do-Sol No pátio que invade o mar, tem uma igrejinha, um convento e um farol, de onde temos uma das mais poéticas paisagens marinhas da Baía de Todos os Santos.



Pelourinho
A história do Pelourinho se confunde, em muito, com a história da própria cidade de Salvador, no melhor ponto para a construção da "cidade fortaleza", o hoje chamado Pelourinho, local ideal de suas pretensões.

As razões que levaram a escolha do Pelourinho são bastante claras. É a parte mais alta da cidade, em frente ao porto, perto do comércio e naturalmente fortificada pela grande depressão existente que forma uma muralha, de quase noventa metros de altura, por quinze quilômetros de extensão, o que facilitaria a defesa de qualquer ameaça vinda do mar.
Em poucos anos, Tomé de Souza construiu uma série de casarões e sobrados, na parte superior dessa muralha, todas inspiradas, evidentemente, na arquitetura barroca portuguesa e erguidos com mão de obra escrava negra e indígena. Para dar maior proteção à cidade, o Governador Geral limitou o acesso a apenas quatro portões, estes totalmente destruídos durante as tentativas sem sucesso, de dominação da cidade no séc. XVII.
Na verdade, o termo "pelourinho" é o nome dado ao local onde os escravos eram castigados pelos senhores de engenho. O "pelourinho" era construído nos engenhos, afastado da cidade. A fim de demostrar à população sua força e poder, os senhores de engenho resolveram construir um "pelourinho" no centro da cidade, instalando-o no largo central, hoje área localizada em frente acasa de Jorge Amado. A partir daí os escravos eram castigados em praça pública para que todos pudessem assistir tal demonstração de poder. Devido a esse fato o "pelourinho" virou ponto de referência da cidade, dando nome ao antigo centro da cidade, e hoje Centro Histórico de Salvador.
Com o passar dos tempos, o nome Pelourinho se popularizou, tanto na Bahia quanto no Exterior, passando a referir-se a toda a área do conjunto arquitetônico barroco-português compreendida entre o
Terreiro de Jesus e a Igreja do Passo.
Durante o séc. XVI e até o início do séc. XX, o Pelourinho foi o bairro da aristocracia soteropolitana, composta de senhores de engenho, políticos, grandes comerciantes e o clero, por isso a forte influência européia na sua arquitetura e o grande número de igrejas num espaço geográfico tão pequeno e, certamente, o mais antigo da cidade.

Foi justamente nessa época que o poder político da cidade concentrava-se nesse local que ainda tem monumentos como a Câmara Municipal, sede da Prefeitura, a Assembléia Legislativa e a sede do Governo do Estado. Porém, hoje em dia, apenas a Câmara e a Prefeitura continuam com suas sedes no Centro Histórico.

 
Mercado Modelo
O prédio, de propriedade da Prefeitura de Salvador, reproduz formas neo-clássicas consagradas da segunda metade do século XIX e é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. É cercado pela praça Cairu, Elevador Lacerda, armazéns das Docas, edifícios comerciais e um pequeno ancoradouro, conhecido como Rampa do Mercado Modelo, onde ainda aportam saveiros. Há poucos anos, no subsolo do Mercado, foram descobertos túneis sustentados arcadas, antes utilizados como refúgio contra os invasores estrangeiros. O local fica abaixo do nível do mar e, por isso, está constantemente alagado.

Mesmo quem nunca veio a Salvador conhece o Mercado Modelo, pelo menos de nome. Muitos ainda conhecem a imagem de cartão postal do belo prédio amarelo. Parada obrigatória para quem visita a capital baiana, o local é um dos cinco pontos turísticos mais visitados de Salvador. A rampa, que serve de ponto de venda de peixes, é citada em pelo menos três livros de Jorge Amado: Mar Morto (1936), A Morte e a Morte de Quincas Berro Dágua (1961) e O Sumiço da Santa (1988). O espaço funciona todos os dias da semana das 9h às 19h. Aos domingos e feriados, o fechamento é mais cedo, às 14h.

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